Brasil e Colômbia decidem fortalecer cooperação militar!


O ministro da Defesa Nelson Jobim anunciou na terça-feira, 25, que Brasil e Colômbia deram início ao processo de aprofundamento de cooperação militar para tornar mais eficaz a luta contra o tráfico de drogas.

Jobim se reuniu com o ministro da Defesa colombiano, Gabriel Silva, em Bogotá para falar sobre questões de segurança num momento em que líderes sul-americanos criticam um pacto dos Estados Unidos com o governo colombiano. Os dois países compartilham uma fronteira de 1.645 quilômetros na floresta amazônica, onde se registrou a presença de guerrilheiros e de traficantes de drogas.

“Iniciamos um processo que deve levar muito em breve a termos um acordo mais amplo que nos permita fazer operações conjuntas maiores, trocar mais informação na fronteira, receber informações do sistema de radares e satélites do Brasil”, disse o ministro colombiano.

Silva acrescentou que a Colômbia também vai disponibilizar informação e capacitação aproveitando sua experiência na luta contra o narcotráfico. O ministro disse que ele e Jobim analisaram o tema da Unasul como mecanismo e instrumento para tratar os temas que afetam a segurança e defesa da região.

“Falamos da necessidade de continuar com o plano de trabalho que já foi estabelecido na Unasul, gerando, por exemplo, grupos técnicos para observar todos os temas, armamentismo, tráfico de armas, narcotráfico, acordos bilaterais com terceiros países”, disse. “Não temos que ter medo dos temas, tem que se estar disposto a tratar todos os temas”, acrescentou Silva.

O encontro dos ministros aconteceu num momento em que presidentes de países sul-americanos liderados pelo venezuelano Hugo Chávez têm criticado um acordo de cooperação militar entre os Estados Unidos e a Colômbia.

O acordo permite que militares norte-americanos utilizem sete bases na Colômbia para combater o narcotráfico e as guerrilhas. Mas Chávez, um duro crítico dos EUA, afirma que o plano pode provocar uma guerra na região porque Washington quer atacar seu país desde a Colômbia, o que ele não permitirá. O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, o aliado mais importante dos Estados Unidos na América Latina, negou que o acordo seja para atacar outros países.

Os líderes da região vão se reunir na sexta-feira, 28, na Argentina em uma cúpula para analisar o tema das bases militares que serão utilizadas pelos EUA na Colômbia.

Brasil e a liderança na america do Sul!

As empresas brasileiras representam o terceiro grupo em Wall Street, depois do Canadá e da China. A principal fonte de crescimento da economia brasileira nos últimos cinco anos é a mesma da recuperação atual: a produção e exportação de commodities (soja, minério de ferro, petróleo), voltado para o mercado sino-asiático. As exportações de produtos manufaturados representaram 61% do total em 1993, e agora são 38% - 40%.

A linha estratégica central é a transnacionalização do sistema de produção, através de um duplo e sincronizado movimento de implantação de companhias brasileiras no exterior e atração de investimentos multinacionais. Este é o componente estrutural para a conversão do Brasil em personagem mundial. Brasil mudou sua política externa. Passou da reclamação (“Não a ALCA”) para liderança (“Sim à liberdade de comércio. Não ao protecionismo”).

Isto significa que, na América do Sul, o Brasil não compete pela liderança regional: tem a intenção de ser o mediador entre a região e o sistema de poder mundial (EUA…). E mesmo quando experimenta uma severa derrota político-diplomática (Bolívia e Paraguai), prefere encerrar o conflito e absorver as perdas, na medida em que a questão, o país e a região perdem importância relativa para ele.

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