A decisão de Lugo foi tomada um dia depois de ele ter negado, em entrevista coletiva, que haveria um plano de um golpe militar contra o governo.
"Posso garantir, como chefe das Forças Armadas, que institucionalmente não existe nenhum perigo de golpe de Estado promovido pelos militares", afirmou.
Lugo ressaltou ainda que "nada e ninguém moverá o povo paraguaio do Palácio (presidencial) de López até 15 de agosto de 2013", em referência a data final do atual mandato.
Os rumores sobre o suposto plano de golpe de Estado começaram a surgir com uma declaração do secretário de relações internacionais do Partido Comunista Venezuelano (PCV) e vice-presidente do Grupo Venezuelano do Parlamento Latino-americano (Parlatino), Carolous Wimmer.
Segundo a imprensa local, ele teria dito que os Estados Unidos e setores da direita paraguaia queriam concretizar um "golpe contra o governo de Lugo".De acordo com a edição online do jornal Última Hora, pouco antes do comunicado sobre as mudanças na cúpula militar, a embaixadora dos EUA em Assunção, Liliana Ayalde, negou as acusações de Wimmer.
"O que estamos fazendo aqui é uma cooperação, onde existe transparência. Desconheço e desminto totalmente (versões de organização de um golpe)", disse ela ao jornal.
Bolívia
Além do comentário de Wimmer, o jornal paraguaio destaca ainda que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, teria sugerido um possível golpe contra o governo de Lugo durante a reunião da Alba na Bolívia.
Segundo o jornal, ele teria tido que "os ultradireitistas paraguaios usam a Bolívia como desculpas para atacar o governo de Fernando Lugo.Os golpistas estão preparando golpe".Recentemente, Bolívia e Paraguai tiveram diferenças na região de fronteira.
Após declarações dos políticos venezuelanos, o Senado paraguaio emitiu declaração pedindo a Lugo que exigisse explicações, via diplomática, do governo venezuelano.
De acordo com a imprensa local, Lugo teria encaminhado o documento ao Ministério das Relações Exteriores paraguaio.
Fernando Lugo vive diferenças com seu vice-presidente, Federico Franco, e outras dificuldades políticas, já que não conta com a maioria no Congresso Nacional.
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