Para os maiores bancos do mundo, o Brasil está bem preparado para suportar os trancos que a crise financeira dos Estados Unidos continuará provocando em todo o mundo. Além disso, eles acham que “está mais do que na hora” do G-8, que reune os países mais ricos do mundo, incluir o Brasil como membro permanente desse seu clube fechado.
Em entrevista coletiva em Washington, minutos atrás, Charles Dallara, diretor-gerente do Institute of International Finance (IIF), entidade que reúne os 380 maiores bancos do mundo, afirmou que o Brasil “é um bom exemplo de país que vem fazendo muito para fortalecer a sua capacidade de recuperação”.
- O mercado brasileiro está sendo afetado pela crise americana, como os demais, mas há uma enfática resistência à ela no país. Os seus bancos estão bem capitalizados e são bastante rentáveis. A inflação está sob controle. Por isso não vemos grandes dificuldades para o Brasil enfrentar essa situação – disse Dallara.
Durante a entrevista ele divulgou carta que o IIF enviou esta manhã aos ministros de finanças e presidentes de bancos centrais que participam do Comitê Monetário e Financeiro Internacional, do Fundo Monetário Internacional, liderado pelos países ricos, afirmando – entre outras coisa – que “já está mais do que na hora de uma adaptação do G-8 para incluir vários países dos mercados emergentes sistematicamente importantes como parceiros permanentes”.
Segundo ele, os novos sócios têm muita contribuição a dar na solução de crises como a atual. Logo em seguida, Dallara esclareceu aquela sugestão, dizendo que o G-8 tem de se transformar em G-10 ou talvez G-11 e o Brasil, segundo ele, tem de estar nesse grupo:
- Brasil, China e Índia têm de ser admitidos imediatamente no G-8. É uma vergonha que o G-8 ainda não tenha acordado para essa necessidade. É preciso fazer isso, e fazê-lo imediatamente! – afirmou Dallara.
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