1941: Operação FÉLIX e a invasão de Portugal pelas forças do Eixo!


Quando no Verão de 1940 as tropas hitlerianas marcham pelas ruas de Paris, a situação europeia é grave e o continente está praticamente à beira da guerra total

Paris 1940 Von Bock
Generais alemães em Paris. Ao fundo o Arco do Triunfo e ao centro ligeiramente para a esquerda o general Von Bocc.

A leste, em 1937 e 1938 a Alemanha tinha anexado a Áustria e engolido o ocidente da Checoslováquia (hoje República Checa). O expansionismo do regime alemão levou a que a França e a Grã Bretanha declarassem guerra à Polónia em 1939 quando a Alemanha invadiu aquele país.

Durante o resto de 1939 e o inicio de 1940 a situação estabilizou, até que a Alemanha numa operação relâmpago ocupou a Dinamarca e a Noruega, lançando-se de seguida sobre a Holanda, Bélgica, França e Luxemburgo.

Le Matin 1940
Jornal francês noticiando a invasão simultânea da Holanda e da Bélgica, deixando o flanco norte das forças aliadas desprotegido.

Esperava-se que a França, com o exército numericamente mais numeroso da Europa conseguisse opor-se à força das divisões blindadas alemãs, mas o facto de os franceses embora tendo um poderosa e bem defendida linha de defesa (Linha Maginot) não a terem conseguido prolongar até ao mar, conjugado com o facto de os alemães terem invadido a Holanda e a Bélgica, resultou em receita fatal para a destruição e desorganização dos exércitos franceses.

A Itália, aproveitando a situação e querendo um lugar à mesa das negociações para quando os aliados pedissem a Paz, atacou também o sul de França, embora nesse teatro de operações os franceses tenham resistido.

A França, é forçada da pedir o armistício, e, humilhação suprema, assina o documento em Compiegne na mesma carruagem de combóio em que o II Reich alemão tinha assinado a rendição em 1918.

O rápido e inesperado colapso da França, fez o futuro sorrir para as ditaduras na Europa. A Itália tinha problemas com os ingleses no norte de África, mas a Europa ocidental estava efectivamente nas mãos da Alemanha e dos seus aliados.

No entanto, cedo se começou a verificar que a Inglaterra não se iria render ou aceitar uma paz negociada com a Alemanha. A resistência britânica começou a tornar-se evidente com as derrotas das forças italianas no norte de África e com o colapso da Itália nas suas colónias da Abissínia (Etiópia).

A Inglaterra tinha sido expulsa da Europa continental, mas continuava a controlar o Mediterrâneo, onde a Royal Navy infligiu pesadas derrotas à Marinha Real italiana.

Para Hitler, tornava-se evidente que para vencer a Grã Bretanha, era necessário garantir o domínio do Mediterrâneo, e para o fazer era necessário tomar dois pontos absolutamente fulcrais: Um, era o canal de Suez e o outro o rochedo de Gibraltar, na realidade a última possessão britânica no continente europeu, cuja soberania foi cedida aos britânicos pelos espanhóis no século XVIII.

Gibraltar
O rochedo de Gibraltar: A protecção dada pela baía e os canhões instalados no rochedo tornavam impossível às forças do Eixo transitar pelo estreito e serviam de base para os navios da Royal Navy.

Por: Paulo Mendonça - Área Militar.

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